Descrição
A formatação das famílias mudou.
As leis ainda que vagarosamente tentam acompanhar estas mudanças.
Conclusão: surgem vácuos, espaços de silêncio, que não retratam a realidade da vida.
Daí a enorme responsabilidade dos profissionais das áreas psicossociais, cuja atuação tornou-se indispensável em todas as demandas envolvendo crianças e adolescentes.
Com certeza, um dos temas mais delicados e tormentosos diz respeito à dificuldade dos pais de elaborar o luto da separação.
A falta de escrúpulo e de amor ao próprio fi lho é de tal ordem que um dos genitores chega a convencê-lo a não querer conviver com quem supostamente o abandonou, não o ama, ou pior, a fantasiar a ocorrência de abuso sexual.
E não há nada mais perverso do que o uso dos fi lhos como ferramenta de vingança, para privar o par de com eles conviver.
O maior dilema de todos os atores que atuam na justiça é procurar desvendar se tais assertivas são falsas ou verdadeiras, na tentativa de manter a higidez dos vínculos parentais.
A legalização da alienação parental e a imposição da guarda compartilhada visam refrear essas práticas. Essa é a razão deste belo trabalho de Carlos Monta o.
De forma segura e didática, busca orientar quem tem a responsabilidade de identificar situações de alienação parental e apontar eventual impossibilidade de ser assegurada a guarda compartilhada.
Trata-se de obra inédita voltada aos profissionais da área da assistência social, que são os olhos do juiz, com o dever de mostrar-lhe os fatos além dos autos.
Maria Berenice Dias
Advogada
Ex-Desembargadora (RS)
Vice-Presidenta do IBDFAM