Descrição
Verá o leitor que Moralidade Administrativa: do histórico em Maurice Hauriou às inconsistências na dogmática jurídica e na jurisprudência do STF, supre uma incômoda lacuna no estudo do comumente denominado Direito Público, com repercussões, no entanto, em vários outros segmentos do saber jurídico (talvez, em especial, do Direito Constitucional e da Teoria do Direito). É que a autora interroga, pelos questionamentos que fórmula, um lugar-comum muito utilizado pela retórica dos estudiosos, juízes e tribunais pátrios para a defesa de impactantes propostas interpretativas do discurso constitucional brasileiro.
(...) Recomenda-se, assim, aos estudiosos brasileiros, a leitura do texto da professora Thaís Karine de Cristo, não só em razão da seriedade no levantamento de dados de fontes escolhidas com precisão, como se vê da farta bibliografia por ela utilizada, mas, principalmente, em razão de que seu trabalho representa exatamente o que se espera de uma pesquisa bem sucedida e comprometida com um direito que vise a implantar o projeto democrático-constitucional brasileiro: o apontamento de vazios no discurso jurídico-tecnológico que, voluntária ou involuntariamente, acabam por ocultar uma inadmissível infiscalidade decisória.
Dr. André Cordeiro Leal.