Descrição
Desconsiderando toda a trajetória teórica das pesquisas, ainda se acredita, piamente, que a vítima ou testemunha podem reconhecer os agentes perpetradores dos crimes como se recordam dos rostos de seus familiares. Desconsidera-se a questão traumática, a velocidade da aparição dos rostos, muitas vezes cobertos, como se o sujeito fosse plenamente capaz de ofertar um reconhecimento garantido. Desconfiar da capacidade humana nos casos em que o efeito pode ser uma condenação criminal é algo que precisamos discutir. ...
Os impasses apresentados por Márcia não podem ser desconsiderados pela mera irregularidade. Ao mesmo tempo em que se pode condenar inocentes, pode-se excluir a responsabilidade dos verdadeiros agentes. A construção de um Processo Penal cada vez mais sofisticado é tarefa diária e a leitura do livro pode auxiliar muito.
A aposta em Márcia é antiga e tenho certeza de que, depois de ler o texto, se poderá afirmar: como não tinha pensado nisso antes? Daí o brilho de alguém que pode contribuir, de fato, com trabalhos acadêmicos.
Alexandre Morais da Rosa