Descrição
O planejamento tem se apoiado nas últimas cinco décadas praticamente sem exceções na lógica imperante do pensamento ocidental (seja o planejamento democrático ou tecnocrático dos regimes autoritários), organizado na forma de argumentação linear, ou seja, a forma lógica de raciocínio que aborda os problemas de maneira sequencial, seletiva e analítica, passo a passo e sem possibilidade de retrocesso, para alcançar um objetivo. Seria essa a única lógica possível de pensamento e ação?
Em particular, para a teoria do planejamento, a pergunta é: Como um plano pode ser elaborado e executado a partir de uma lógica indutiva ou até mesmo heurística?
O planejamento consiste fundamentalmente em planejar o que deverá ser o próprio planejamento. Em outras palavras, envolve planejar as agências governamentais e instituições que estarão envolvidas no processo de planejamento, suas funções, objetivos, comunicações e orientações.
Nesse contexto, torna-se essencial abordar questões: Como essas mudanças e sua alta complexidade impactam o planejamento estratégico e político? Quais conceitos devem ser repensados ou criados? O que a lógica sistêmica comunicativa ecológica pode contribuir para o planejamento? Por fim, o que o planejamento pode contribuir para buscar soluções coletivas com foco em abordar os desafios e paradoxos das sociedades atuais?