Descrição
A autora nos propõe com o livro, uma reflexão ousada sobre o Direito de Não ter Filhos e a Não Maternidade, ao se expor, sem receios, na defesa de nos insurgirmos contra a cultura da maternidade como instinto natural , como um destino inarredável, condicionado obrigatoriamente à todas as mulheres. Apesar de existir uma lei federal que possibilita direito de não ter filhos por meio do planejamento familiar, o assunto é um tabu, sendo pouco difundido quando se trata da temática Direito Reprodutivos das Mulheres.
Com coragem e firmeza, a autora utiliza com pragmatismo, o vasto apanhado científico, fruto da sua pesquisa, para apontar como alguns movimentos feministas silenciaram as mulheres negras, bem como, expor o impacto causado nos direitos das mulheres.
Igualmente, aborda os reflexos na luta pela autodeterminação reprodutiva das mulheres ocasionado pelo feminismo essencialista/naturalista, e por fim dedica capítulo especialmente sobre o Direito de Não ter filhos, de acordo com a legislação federal vigente. O livro é um convite a ressignificação da função da maternidade (ou parentalidade) na construção da identidade de cada um de nós, possibilitando o espaço para pensamentos e vivências legítimas, possíveis e completas, na ausência de filhas(os).