Descrição
Apesar de seu recorte espacial, o diagnóstico feito sobre os direitos e os controles sobre os úteros na Penitenciária Feminina do Paraná é uma ferramenta de análise para outros contextos e para a lógica do exercício do poder - estatal e capilar - sobre o que somos, sobre o que sentimos e sobre o que permitimos que outras sejam e sintam.
Eneida Desiree Salgado
Das obras recentes (e excelentes) que temos sobre a temática da prisão e a prisão de mulheres, sob os mais variados aspectos que possamos olhar, aqui está a chave dos escombros mais obscuros que habitam esse espaço do não-ser.
Priscilla Placha Sá
A autora demonstra como é nas microinterações cotidianas e nas decisões tomadas por estes agentes do Estado que as políticas se materializam. E, infelizmente, se transformam em processos de regulação dos desejos e da vida sexual destas mulheres.
Gabriela Lotta
A autora inicia e termina sua viagem com provocações incômodas, que nos envolvem numa explosão de sentimentos de raiva e paciência. Ao mostrar as engrenagens escondidas (pouco estudada pela literatura) sobre o olhar das burocratas que regulam, fixam e gerenciam o sexo e o útero das mulheres privadas de liberdade na Penitenciária Feminina do Paraná, ela também situa o sistema prisional brasileiro no seu devido lugar: Delinquente estatal.
Dina Alves