Descrição
Não é o juiz ou o judiciário o maior responsável pela concretização da democracia. Também não é a consciência do juiz o melhor parâmetro para as questões avaliativas. É que, a partir do que se tem chamado de Reviravolta da Linguagem, tem-se refletido sobre questões que sempre foram centrais ao pensamento humano, das quais se poderia certamente incluir o direito e a ética, levando-se em conta outro parâmetro. A linguagem seria, assim, a instância de expressividade do mundo. Mundo e linguagem seriam verso e reverso da mesma medalha. E, como dimensão reflexiva da qual o ser humano se apresenta como animal racional, seria, portanto, condição de possibilidade da própria racionalidade.
Os fundamentos indicados por Barroso e refletidos no presente livro são: a Pós-modernidade, a Escola Crítica e uma pretensa superação do Positivismo pelo Pós-positivismo. E o que se verificou do repasse crítico sobre essas bases teóricas é que o que elas revelam, ao contrário da sugerida pauta subjetivista, é a necessidade de se fomentar processos dialogais. E que o positivismo que se cogita ser superado é o mero tecnicismo desprovido de ética.