Descrição
Qual efeito de sentido de inteligência artificial está sendo produzido no discurso jurídico? Por que, no discurso jurídico, determinados sentidos são mais aceitáveis do que outros?
E diante de tais indagações que o presente texto busca respostas e é bastante inovador, pois diz respeito ao gesto de autoria de Patricia Castagna que produz, dentro do seu próprio campo profissional, uma crítica bem sustentada do funcionamento do próprio discurso jurídico, notadamente da interpretação hermenêutica. Nesse sentido, a autora constata que a verdade jurídica é sempre um efeito discursivo que se produz no interior das instituições que detém o poder para tanto, principalmente, e claro, no interior da própria instituição jurídica em todas as suas instâncias. Foi a partir desse primeiro gesto corajoso, que Patricia pôde dar o segundo passo em direção a interpretação, buscando não mais uma verdade a ser desvelada, mas as condições sociais, históricas e ideológicas que determinam que as formulações linguístico-discursivas tenham sido umas e não outras. (Solange Gallo)