Descrição
De que maneira os marcadores sociais da diferença interferem e complexificam a consciência jurídica exprimida pelas Vereadoras da Cãmara Municipal de Porto Alegre? Esta foi a pergunta que norteou a presente pesquisa. A contribuição proposta aqui sobre mulheres, política e direito é de duas ordens: metodológica e teórica. Metodológica porque traz ao Brasil a novel proposta dos estudos sobre a consciência jurídica que, em que pese consolidados no norte global, aqui são pouco explorados. Teórica porque propõe uma análise da própria consciência jurídica a partir da interseccionalidade. Foi na interligação entre esses dois marcos que propus uma análise a partir do que intitulei consciência jurídica interseccional. Convido, assim, a leitora a trilhar comigo o caminho percorrido na análise da trás maneiras pelas quais a consciência jurídica das Vereadoras de Porto Alegre se manifesta: (i) direito como insuficiência; (ii) papel de fiscalizadoras; e (iii) legalidade enquanto hegemonia e resistência.