Descrição
Não haverá nos próximos anos política de segurança pública que seja blindada ou isolada politicamente dos processos eleitorais. Seja qual for a orientação político-ideológica e as tendências eleitas, a segurança pública e as polícias conviverão com pressões políticas dos calendários eleitorais e todas as variantes desse processo. É assim desde a primeira eleição pós-abertura democrática. É a dinâmica do Rio de Janeiro. A UPP confirma isso. Se, por um lado, a segurança pública é pressionada pela eleição, por outro lado ela é comprimida pela corrupção.
A corrupção no Rio de Janeiro é multinível. Desenvolver uma política de segurança pública que não seja vazada por corrupção de ponta a ponta é tarefa desafiadora. Ainda assim, cientistas políticos dizem que somente em raras ocasiões se pode imaginar problema tão pernicioso que já não se acredita mais existir opção política para resolvê-lo, que todas a opções irão falhar. A segurança pública no Brasil necessita de novas ações governamentais para alterar a realidade e melhorar os resultados. Seja qual for a política de segurança pública, a corrupção é uma variável determinante. Propõe-se a instituição de uma Corregedoria Nacional de Polícia com atribuições de atividades correcional, regulatória, de gestão de dados, de coordenação e de inspeção por toda a Federação.