Descrição
A história da América Latina é inseparavelmente ligada à violência e marginalização dos povos indígenas. Do período colonial às violações de Direitos Humanos que ainda hoje acontecem, nossas sociedades buscam entender como reformular e reconstruir as relações com os povos indígenas, de modo a reparar os danos, mas também as instituições, em um diálogo cada vez mais inclusivo para soluções efetivas.
Esse é o esforço empreendido com ineditismo por Denizom de Oliveira, que se debruça sobre como, durante as ditaduras militares que grassaram o Cone Sul durante o século XX, milhares de indígenas sofreram com uma dupla marginalização, entre a imagem de selvagem herdada da mentalidade colonial e a violência nos projetos nacionais e uniformizadores desses regimes.
Entre uma investigação histórica e uma análise das políticas públicas de reparação Justiça de Transição e Povos Indígenas mostra que é preciso não apenas efetivar o direito à verdade e memória destes povos de acordo com suas culturas, mas também proporcionar a responsabilização pelos crimes contra a humanidade praticados pelos regimes autoritários, buscando medidas efetivas de justiça e reparação para tais violações. Para elaborar políticas contemporâneas que evitem a repetição dos erros do passado, a análise desse período da história latino-americana se torna uma ferramenta imprescindível.