Descrição
O capitalismo surgiu como civilização das desigualdades. E o papel do estado capitalista foi sempre o de impor a desigualdade, nomeadamente o diferente estatuto das classes sociais em presença, actuando sempre como ditadura da burguesia. Inicialmente, o estado liberal foi apresentado como separado da economia. O estado fascista assumiu a economia como um problema político, procurando resolver os problemas do capitalismo eliminando por decreto as classes sociais e proibindo a luta de classes.
Derrotada a barbárie nazi-fascista, a necessidade de salvar o capitalismo, ameaçado de morte pela Grande Depressão e pela emulação do socialismo, conduziu à revolução keynesiana e ao estado social, substituindo o chicote pela cenoura.
A contra-revolução monetarista trouxe-nos o fascismo de mercado, a vergonha da exclusão social, o agravamento das desigualdades, a ditadura do grande capital finnanceiro, o capitalismo do crime sistémico.
Esta a situação em todo o mundo capitalista. Mas a União Europeia (a Europa neoliberal) tem sido o grande santuário das políticas de austeridade, que pecam contra a dignidade dos povos.