Descrição
A partir do cenário da Reforma Psiquiátrica no Brasil e de uma perspectiva crítica criminológica, esta obra buscou responder perguntas fundamentais sobre a execução da medida de segurança na modalidade de tratamento ambulatorial. Para isso, além da análise de uma vasta literatura interdisciplinar, foram realizadas entrevistas de grande fôlego com alguns dos atores de uma instituição de saúde mental no interior do estado de São Paulo. Por meio desse exercício, foi produzida profunda reflexão sobre a temática, capaz de contribuir notavelmente com o panorama das discussões antimanicomiais.
Eu vim por conta própria para o CAPS . Depois que a justiça foi atrás de mim, porque eu já estava vindo. Eu sabia que pra mim não... essas coisas aí não... Sei lá, menina, acontece cada coisa na vida da gente, que se a gente pudesse voltar no tempo para nem lembrar daquele passado mais, a gente voltaria, né? Porque tem uns passados bons na vida da gente, mas tem umas porretadas também. Mas faz parte da vida né? Não é o que a gente quer, né?
Às vezes o juiz fala cumpra-se e nós temos que cumprir. Então, eu acho que precisaria um pouquinho mais de sensibilidade por parte da Justiça nesses casos, porque tem caso que o paciente não quer se tratar, então você não pode obrigar, porque saúde mental ela infelizmente não tem como você obrigar. ... Saúde mental é um pouquinho diferente, ela é peculiar. Não é assim: você vai lá, toma um antibiótico e sarou, não tem isso, né?